quarta-feira, 28 de abril de 2010

Carpe Diem

Carpe Diem, "aproveite o dia presente", escreveu Horácio, um poeta guerreiro que habitou o vasto império romano, em tempos do principesco Augustus. Sensível como um barômetro, o velho Quintus Horatius Flaccus um dia elevou o olhar aos céus e captou o fluir silencioso das águas do rio tempo. A visão da transitoriedade aflorou na sentença: Carpe Diem, aproveite o dia presente, pois ele é tudo que é dado ao homem usufruir. Passado é história, água corrida que não volta. Futuro é hipótese, probabilidade apenas, incerteza e risco, impalpável demais para ser levada tão a sério.

Carpe Diem, nestas duas palavras latinas, um alerta, um conselho, uma filosofia de vida. Viver é já. Existir é hoje. Nenhum tempo além. Nenhum lugar além. Se tiver de ser, que seja eternamente agora. Ou talvez jamais, porque as águas do rio tempo não voltam – e ainda que voltassem não nos encontrariam, pois não seríamos mais os mesmos. Tudo flui, dizia Heródoto. Tudo muda. A única coisa que permanece é a improcedência. Nada é eterno, pois tudo é chama, fluxo, incapacidade, escorregar-se, deixar de ser. Carpe Diem. Se tiver de viver, que seja agora.

A advertência de Horácio é sábia. É, sobretudo, útil. Talvez mais útil ainda nestes tempos sobrecarregados, de cenhos sombrios, estafados na tentativa de construir defesas antecipadas contra difusos perigos de um amanhã improvável. Apólices de seguro na mão, e vamos nós, seguros e inseguros.

Carpe Diem, ouçamos Horácio, que perscrutou uma verdadeira profunda – e traduziu-a numa norma simples. Viver hoje – fazer hoje. Ser hoje. Sem essa de não poder ser feliz no domingo porque há contas a pagar na segunda. O conflito é amanhã? Deixa pra lá... Amanhã você pode ser até enforcado, mas até que chegue amanhã, aproveite bem o seu pescoço. Viver no passado é neurótico, é inútil, é um viver virtual. Carpe Diem, colha seu dia, como quem colhe um fruto maduro, na hora exata. Um descuido e o fruto se perde.

"Carpe Diem" quer dizer "colha o dia". Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.


Autordesconhecido
Então vamos aproveitar, né?
Apesar d, às vezes, ñ entendermos direito o porquê das coisas... pq uns vão tão cedo e outros q, na nossa opinião, no nosso julgamento, deveriam ir antes, ficam por aqui fazendo mal aos outros... vai saber... mas tbm, quem somos nós pra dizer quem fica e quem vai...

Encaramos tristezas no caminho, mas... a vida continua...

Seu fruto tá aqui! Olhando pro céu e t vendo brilhar!

Sahana vavatu

Bjs a todos!

Hare Om!
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